sábado, 17 de maio de 2008

Ornitorrinco

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Ornitorrinco

Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Subclasse: Prototheria
Ordem: Monotremata
Família: Ornithorhynchidae
Género: Ornitorhynchus
Blumenbach, 1800
Espécie: O. anatinus
Nome binomial
Ornitorhynchus anatinus
(Shaw, 1799)
Distribuição geográfica

Os Ornitorrincos existem ancestralmente distribuídos por três famílias: Ornithorhynchidae , Steropodontidae e Kollikodontidae. Duas delas extinguiram-se em tempos pré-históricos sendo que atualmente apenas existe a espécie Ornithorhynchus anatinus.

O ornitorrinco é carnívoro e alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce, tendo o corpo adaptado para uma vida aquática ou terrestre. Apesar de ser um mamífero, o ornitorrinco, em vez de dar à luz às suas crias, põe ovos que são parcialmente chocados no interior do corpo. Possui ferrões em suas patas e quando acuado os utiliza causando uma dor insuportável. Outra diferença importante em relação aos mamíferos placentários é que as fêmeas deste animal não têm mamilos e as crias sugam o leite materno através dos poros existentes em meio a pelagem da barriga. Quando as crias dos ornitorrincos estão dentro de um ovo, possuem um dente na ponta do bico chamado dente do ovo. Este destina-se a perfurar a casca do ovo. Pouco tempo depois do nascimento este dente cai.

As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Recentemente (2004), uma equipa de cientistas da Universidade Nacional da Austrália mostrou que as diferenças existem também ao nível genético: os ornitorrincos apresentam dez cromossomas sexuais, em vez dos dois (XY) dos mamíferos não monotremados. O ornitorrinco é o representante atual de um ramo de mamíferos que se diversificou no Cretácico inferior, mas que não está relacionado com os mamíferos placentários. Assim, não se pode concluir que esta espécie se trata de um antecessor primitivo, porque é totalmente separada.

[editar] Evolução

Estudos sobre o genoma do ornitorrinco, o estranho animal com pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas, apontaram que o animal é, ao mesmo tempo, um réptil, um pássaro e um mamífero, segundo relatório publicado pela revista Nature.

A espécie de 40 cm de comprimento faz parte da família dos monotremados: a fêmea produz leite para alimentar os filhotes e são ovíparos. Sua pele é adaptada à vida na água e o macho possui um veneno comparável ao das serpentes.

"O genoma do ornitorrinco (Ornithorhyncus anatinus), assim como o próprio animal, apresenta um amálgama de características que pertencem a um réptil ancestral e são derivadas de mamíferos", segundo os pesquisadores. Alguns dos 52 cromossomos, ligados às características sexuais, correspondem também a aves.

"Esta mistura fascinante dos traços no genoma do ornitorrinco traz muitos indícios sobre o funcionamento e a evolução de todos os genomas de mamíferos", afirma em um comunicado o principal autor do estudio, Richard Wilson, diretor do Centro de Genoma da Universidade de Washington.

De fato, se compararmos seu genoma ao de outros mamíferos "seremos capazes de estudar os genes que foram conservados durante a evolução", explica. O ornitorrinco é "único", uma vez que manteve características de répteis e mamíferos, especificidade que a maioria das espécies perdeu ao longo da evolução, lembra por sua vez Wes Warren, da mesma universidade.

O seqüenciamento do genoma do ornitorrinco foi realizado com uma fêmea, batizada de Glennie, que vive na Austrália. Equipes de oito países participaram da pesquisa, entre os quais Estados Unidos, Austrália, França, Inglaterra e Espanha.

Ao longo da análise, os cientistas compararam o genoma de Glennie ao de homens, cachorros, ratazanas, gambás e galinhas: o ornitorrinco compartilha 82% de seus genes. Este animal conta com 18,5 mil genes, dos quais dois terços também aparecem no homem.

O ornitorrinco nada com olhos, ouvidos e narinas fechados, guiando-se graças a receptores sensoriais em seu bico para detectar os campos elétricos emitidos por suas presas. Além disso, a fêmea não possui tetas para amamentar os filhotes - estes sugam o leite que sai da pele da mãe, como os marsupiais.

[editar] Reprodução

A sua reprodução não ocorre até o ornitorrinco completar 7 anos. Isto é, em parte, devido ao fato do macho ser incapaz de produzir esperma até essa altura e de a fêmea não estar receptiva em todas as estações. Para que a reprodução possa ocorrer, os órgãos reprodutivos da fêmea e os do macho terão de aumentar o de tamanho até que atinja a maturidade sexual o que deve ocorrer entre cinco e sete anos. Alcançam o seu tamanho máximo entre Julho e Agosto, altura em que a cópula ocorre. Durante todo esse tempo o corpo da fêmea adapta-se de modo a produzir o leite para as suas crias, a partir de dois mamilos (glândulas sudoríparas modificadas) localizados no seu abdómen, cercados por pêlo. Acredita-se que os jovens obtêm esse leite pressionando os poros com as glandulas sudoriparas modificadas e as estimulam para a produção de leite. Pouco se sabe acerca do ritual de acasalamento do ornitorrinco, mas as observações de animais em cativeiro, forneceram algumas pistas relativamente a este processo. Começará, então, com um processo natatório em que o macho e a fêmea se vão aproximando, para que no final se possa realizar o contacto. Este comportamento é iniciado a maior parte das vezes pela fêmea. Após esta demonstração de interesse por parte da fêmea, em copular, o macho agarrará então a cauda da fêmea com o seu bico, subindo parcialmente, a partir desta posição, para as suas costas de modo a obter uma posição apropriada para a cópula. Ondulará então a sua cauda em volta do abdómen da fêmea, de modo que o seu pênis, localizado na sua cloaca (cavidade única por onde urina, defeca e que serve como órgão reprodutor) possa ser introduzido dentro da cloaca feminina. Se for bem sucedido, o fecundação ocorrerá.

Não se sabe ao certo o tempo durante o qual decorre a gestação. No equidna (a única outra espécie de mamíferos que põe ovos) a gestação dura aproximadamente um mês, logo poder-se-á inferir que o tempo será semelhante. A fêmea pode produzir entre um e três ovos, embora o número habitual seja de aproximadamente dois. Estes ovos têm entre 16 e 18mm altura e 14 e 15mm de largura. Estes ovos são semelhantes aos dos répteis, pegajosos e com uma pele macia. Uma vez postos os ovos, a mãe incuba-os na sua toca (que tem aproximadamente 30 cm de largura e é feita com uma mistura de vegetação). Mas, ao contrário do Echidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los, processo que dura aproximadamente entre 10 a 12 dias, tendo como resultado o nascimento de um jovem ornitorrinco com cerca de 18 mm de comprimento. Os jovens nascem então na toca, alimentando-se do leite materno, durante aproximadamente 3 ou 4 meses. Quando saem da toca têm, então, já cerca de 80% do seu tamanho adulto e 60% do peso de um adulto. Após o abandonar da toca, continuarão ainda a alimentar-se do leite materno, até que o possam fazer sozinhos.

Esqueleto de um ornitorrinco

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